A resistência periférica da cena cultural do Cabo de Santo Agostinho
Semana teve ainda despedidas de Tina Turner e Kenneth Anger, Lia de Itamaracá no palco com Jon Batiste e primeiras atrações do No Ar Coquetel Molotov
Newsletter O Grito! #4 - 26/05/2023
Semana passou voando, assim com este 2023, que já se escoa pela metade.
Seguimos divulgando a nossa Agenda Cultural, que sai às quintas pela manhã cedinho e que trazem um compilado de tudo que tem de mais legal no final de semana no Recife. No cercadinho das redes sociais, muita coisa se perde e você nunca tem garantias de que vai receber aquilo que está procurando. Queremos retomar o hábito de abrir um agendão organizado com as informações apuradas, horários, etc, tudo pra aproveitar a cidade ao máximo. E a lista de eventos está gigante!
A semana na revista teve ainda uma entrevista com Léo Tabosa sobre o Cine Jardim, festival que acontece em Belo Jardim, no Agreste pernambucano. E apresentamos uma reportagem especial sobre o Cabo de Santo Agostinho, cidade na Região Metropolitana do Recife que faz uma arte periférica que resiste, apesar de tudo.
E foi também uma semana de perdas: ícone do rock, Tina Turner nos deixou aos 83 anos e Kenneth Anger, um dos maiores diretores do cinema alternativo dos EUA, se foi aos 96.
Vamo nessa?
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A cena independente do Cabo de Santo Agostinho
Influenciados pelo movimento mangue, músicos e bandas do segundo maior município da Região Metropolitana do Recife enfrentam violência e mazelas sociais com muito rock, hip hop, reggae e ritmos regionais. Yuri Bezerra foi até lá e nos traz uma panorama da cena cultural por lá, do rock alternativo, passando pela música clássica e cultura popular.
Os desafios de realizar um festival de cinema no Agreste
Leo Tabosa, diretor artístico do Cine Jardim, realizado na cidade de Belo Jardim, fala dos desafios para democratizar o acesso ao cinema brasileiro no interior do país. O cineasta e produtor falou com Alexandre Figueirôa sobre a edição atual do evento. “Fazer cinema para mim era algo muito distante da minha realidade e hoje vejo em Belo Jardins jovens, que participaram das primeiras oficinas de formação enveredarem pela cadeia produtiva do audiovisual.”
Em busca de Clarice Lispector
Clarice Hoffman e Greg Vieira, autores de Pedra D’Água bateram um papo com Alexandre Figueirôa e Paulo Floro. “a obra de Clarice Lispector dá espaço e incentiva nossa potência criadora”. A obra é uma homenagem à escritora Clarice Lispector, cuja infância e começo da adolescência foram vividos no Recife.
O encontro de Lia de Itamaracá e Jon Batiste
Rolou o tão aguardado encontro entre o músico norte-americano Jon Batiste e a maior cirandeira do Brasil, Lia de Itamaracá. Os dois cantaram juntos no C6 Fest, que aconteceu na semana passada em São Paulo e no Rio de Janeiro. Hannah Carvalho esteve por lá e fez os registros.
Mais Lia de Itamaracá: a cirandeira ganhou mais uma exposição, desta vez em sua terra natal.
Kenneth Anger, eterno
O quadrinista e cineasta Chico Lacerda escreveu sobre Scorpio Rising, a mais famosa obra do cineasta Kenneth Anger, morto aos 96 anos. “O mais fantástico, deslumbrante e assombroso filme de toda a história do cinema”, disse ele. Alexandre Figueirôa falou sobre a importância do cineasta. Gay assumido desde o início da carreira, sua obra foi uma das grandes influências da cultura underground dos anos 1960 e 70.
Na HQ O Grande Vazio, de Léa Murawiec, ser lembrado significa estar vivo. Literalmente. Paulo Floro fez a crítica da obra, que chega ao Brasil pela Comix Zone após vencer o prestigiado Festival de Angoulême.
Mais destaques da semana!
Halle Bailey é o melhor de A Pequena Sereia, que tem vilã canhestra e coadjuvantes pálidos.
YMA e Jadsa estão juntas em novo EP.
O No Ar Coquetel Molotov 2023 anunciou os primeiros nomes desta edição.
Pabllo Vittar vai começar sua turnê mundial.
O The Nib, site de jornalismo em quadrinhos, chegou ao fim.
Contos indígenas em quadrinhos.
Críticas da semana!
NIWA abraça suas raízes em Araponga.
Fim de Feira resgata a tradição do forró.
A dupla britânica Overmono faz música pra dançar e chorar.
Mahmundi explora o experimental em Amor Fati.
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Nos vemos na semana que vem!